Recebi (pelo Twitter) um desafio do Henderson Bariani, escritor e autor do blog Depokafé. O desafio lançado a diversos blogueiros amigos foi o de escrever um texto nos moldes deste texto. Desafio aceito, e aqui está meu “verbete” na Wikipedia:
Cristine Martin
Origem: Wikipedia, a enciclopédia livre
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Cristine Martin (07 de maio de 1964 – 07 de maio de 2054) foi uma escritora, tradutora e artesã brasileira, com diversos romances publicados. Ela foi a segunda brasileira a receber o prêmio Nobel.
Biografia
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Nascida em Mogi das Cruzes – SP, Cristine mostrou desde cedo o interesse pelos livros; passava horas na biblioteca da escola, lendo avidamente, o que lhe valeu a alcunha de “Rato de Biblioteca”. Durante a adolescência seus interesses incluíam, além dos livros, música e as artes manuais. Autodidata, ela experimentou diversas técnicas de artesanato e artes gráficas, mostrando especial interesse pelo desenho e crochê. Escritora prolífica de textos que não mostrava a ninguém, ao final do curso universitário decide queimar toda sua produção literária em uma grande fogueira.
Graduou-se em Nutrição na UMC, mas não chegou a exercer a profissão. Durante alguns anos dedicou-se exclusivamente ao marido e às filhas, enquanto fazia trabalhos artesanais por hobby, além de cultivar extensas leituras e traduzir livros e artigos. Começa a confeccionar bolsas artesanais para si e para presentear as amigas, e com o sucesso obtido inicia uma nova griffe de bolsas artesanais de crochê e tecido[1]. Como sempre, trabalha sozinha.
Pouco antes da virada do milênio, começou a dedicar-se em tempo integral à tradução. Foi considerada uma excelente tradutora técnica e de legendagem, tendo feito a legendagem de diversos clássicos contemporâneos do cinema, como Avatar 3, Superman 7 – a saga continua e o vencedor do Oscar de 2012, Um lírio para Shoshanna.
Nessa mesma época cria e mantém dois blogs[2], além de colaborar esporadicamente com textos de sua autoria para diversos sites de literatura e jornalismo. Adepta fervorosa da Internet, participa de grupos de discussão, listas de tradutores e de artesãos, além do Twitter e do MSN.
Após vários anos de trabalho exaustivo com traduções, literatura e os blogs, além do trabalho artesanal reconhecido por todo o Brasil, Cristine Martin sofre um infarto aos 50 anos, felizmente sem sequelas.
O incidente resultou em uma mudança radical em seu estilo de vida; conforme confidenciou à sua amiga Norma, “a vida é muito curta para se passar trabalhando 16 horas por dia”.
Ela reduziu drasticamente suas atividades em todos os setores, mantendo apenas o blog Rato de Biblioteca (“que mantém minha sanidade mental”, como disse em uma rara entrevista à revista Letras & Cia[3]) e trabalhos esporádicos de tradução para clientes antigos e fiéis.
Em 2016 muda-se com o marido para Guararema, cidadezinha no interior de São Paulo, onde vive até o final da vida. Nessa época recomeça a escrever, “sentada à sombra das laranjeiras com meu laptop”. Adota o vegetarianismo e faz longas caminhadas diárias.
Seu primeiro livro, o romance autobiográfico “À sombra da laranjeira sentei-me e sorri” teve excelente aceitação de público e crítica. Entretanto, a autora não concordou em participar de noites de autógrafos, fato que se repetiu no lançamento de seus próximos livros.
Cristine Martin obteve dessa forma a fama de excelente escritora e “velhota excêntrica”, recusando-se a participar de entrevistas na TV, e raramente concedendo entrevistas pela Internet ou na mídia escrita. Com o tempo, suas excentricidades foram aceitas pelo público, que sempre podia trocar ideias com a autora por e-mail ou no Twitter, hábito que nunca abandonou, até a desativação da rede social em 2030.
Quase no final da vida, a escritora recebeu o Prêmio Nobel de Literatura de 2051 pelo seu livro “Aldeias Mortas“, sendo o segundo Nobel concedido a um brasileiro, e o primeiro de literatura (o primeiro brasileiro a receber o prêmio foi Luciana Naomi Hikawa, que recebeu o Nobel de Medicina de 2020). Como já era esperado, Cristine não compareceu em Estocolmo para receber o prêmio[4].
Em 2064, no dia do seu aniversário de 90 anos, Cristine Martin morre de causas naturais em seu sítio, cercada pela família, seus 10 cachorros e 5 gatos. Conforme seu pedido, ela foi cremada e suas cinzas espalhadas pelos jardins de sua casa.
Após sua morte, os direitos de filmagem de seu romance ganhador do Nobel, “Aldeias Mortas”, foram comprados pelo famoso cineasta norte-americano Max Spielberg; o início das filmagens está previsto para 2066.
Referências
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(1) Terracota Bolsas
(2) Terracota Blog e Rato de Biblioteca
(3) Letras & Cia, “Uma autora excêntrica”, edição de julho de 2022
(4) Estadão, “Entrevista exclusiva com ganhadora do primeiro Nobel de literatura brasileiro”, (página da notícia visitada em 13/11/2051)
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